Por alguns segundos fecho os olhos ao mundo. Então, mudo de um silêncio mais improvável q inconcluso, vejo através do vidro o soprar atrevido dos ventos no passar do tempo.
Nas páginas em branco a esperada escrita. No pote a doçura aguardada do mel. Na partitura uma ternura regada por notas, na justa medida...
Viver é mais q folhear páginas na vida. É ter o q escrever nas páginas ainda não escritas. É entender q só se enxerga seu sentido com olhos cheios de vida.
Daí ela acende e me chama. Qdo queima me lança em chamas...
Daí percebo q a vida só esgana quem se engana com o tempo do tempo na vida. Que folhas, escritas ou não, tbém se perdem no vento. Qdo não adormecem ao relento, amareladas de tanto luar.
Qdo a poesia respira, alguns piram. Outros deliram. Na verdade ela não passa de sopro de areia na imensidão de um mundo desértico. Pontos salpicados de vida. Fumaça traspassada por sinais de luz...